quinta-feira, 28 de junho de 2012

Festa Junina C.E.N.R


Com apresentações artísticas, muita pipoca, pinhão, amendoim, quentão, e variadas brincadeiras, alunos, professores, pais e comunidade se divertiram na tradicional Festa Junina do Colégio Estadual Nova Roma. A alegria tomou conta do arraial da Escola ornamentado por professores e alunos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Visita à Universidade

Atividade realizada pelos alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Nova Roma, no dia 13 de junho de 2012, em visita a Universidade de Caxias do Sul, para uma oficina sobre como alimentar um blog, e para conhecer os laboratórios de teledifusão da UCS. 

A atividade faz parte do projeto Taquari-Antas, no qual os alunos do primeiro ano estão empenhados em buscar informações sobre o rio, entrevistando pessoas da comunidade, elaborando textos, produzindo fotos, buscando fotos antigas do rio, construindo comparativos entre o presente e o passado. Postamos aqui algumas das fotos da viagem até a UCS. 

Texto: Roberto Comin
Foto: Roberto Comin

A Viagem da Pesada

Nesta quarta-feira nossa turma foi para Caxias do Sul, na UCS, fazer um projeto online. Saímos de Nova Roma do Sul por volta de meio-dia e meia em um micro-ônibus sem condições adequadas: faltava estofado nos bancos, a lataria estava solta e a porta não fechava mais.

O momento crítico ocorreu após atravessarmos a balsa, quando sentimos cheiro de queimado. O motorista logo explicou que deveria ser o disco e que mesmo assim continuaríamos o trajeto. Porém, não demorou muito para que o micro não tivesse mais forças para subir. Foi quando o motorista pediu para todos descerem para diminuir o peso.

Com menos carga, o ônibus subiu mais um pouco, então embarcamos novamente. Porém, não deu muito certo e o micro voltou a derrapar. Para solucionar isto, o motorista teve a ideia de subir de ré. Outra tentativa falha.

Não teve jeito, foi preciso chamar outro ônibus, de Nova Pádua, para prosseguir viagem. Depois de tudo isso chegamos em Caxias do Sul e conseguimos produzir este belo texto.

Texto: Pietro Santi e Vinicius Panazzolo

No caminho das águas

Hoje, dia 13 de junho, a turma do primeiro ano do Colégio Estadual Nova Roma, veio para a Universidade de Caxias do Sul para conhecer a faculdade, no setor de jornalismo e para dar continuidade ao projeto TaquariAntas, realizado alguns dias atrás com os professores, alunos e com a comunidade. Fui escolhida para dar uma entrevista à rádio da Faculdade, que se chama Frispit. Foi uma experiência muito interessante para mim, pois pude conhecer como é realmente essa profissão.
  
O projeto tem tendência de conhecer mais os rios, sabermos como era antigamente, se ocorreu muitas mudanças com as construções das barragens, e compararmos como está hoje. Nós jovens, devemos conhecer como foi a história desses rios e devemos saber como elas estão agora.

Após esse trabalho, que nos proporcionou conhecer o nosso passado, concluo que precisamos cuidar muito bem dos nossos rios, eles fazem parte da nossa história, precisamos nos conscientizar que as histórias não podem acabar. Devemos continuá-las para os outros, para que todos possam descobrir e se maravilhar com a nossa história.

Texto: Eloísa Bortolanza
Foto: Divulgação

Que riqueza é essa que temos?

Passear com os colegas, professores e amigos é muito bom, ainda mais com todos os acontecimentos imprevistos que ocorreram na viagem.

Todos se encontraram na praça matriz e juntos fomos a Caxias do Sul, visitar a Universidade de Caxias do Sul para aprimorar nossos conhecimentos sobre o nosso Rio Taquari-Antas.

Lá conhecemos vários lugares novos, onde acredito que todos gostaram e nunca esquecerão.

É bom termos aulas para podermos saber mais  as riquezas que temos em nossa cidade, histórias que aconteceram com nossas gerações passadas em relação ao rio.Conversar com pessoas que puderam ver as mudanças que ocorreram no rio, pessoas de gerações passadas que acabaram passando muita parte de suas vidas trabalhando, se divertindo com a família e seus amigos.

Mas nós também temos algumas histórias sobre o rio, não tão antigas quanto nossos avós, mas histórias que marcaram nossa cidade.

Não lembro muito da construção da Usina Hidrelétrica Castro Alves, mas quando olho fotos consigo lembrar pequenos detalhes da construção. Eram muitas pessoas estranhas em nossa cidade; pessoas de vários lugares do país. Algumas dessas pessoas gostaram da nossa cidade e continuam  morando aqui, construindo amizades, conhecendo pessoas com  diversos costumes.

Lembro também que haviam construído uma ponte para passar os caminhões que eram carregados de cimentos e ferros para a construções. Era uma tarde de domingo com muita chuva, temporal e a água levou a ponte e não sobrou praticamente nada dela.

Para podermos ir aos nossos vizinhos de Nova Pádua e Farroupilha temos que atravessar por meio de ponte ou pela balsa, que também é um dos pontos que marcam nossa cidade. A ponte antiga e construída manualmente por nossos antepassados também é um ponto turístico.

E assim vamos aprendendo cada vez mais sobre onde moramos e futuramente poderemos contar tudo que aprendemos para nossos filhos, netos e amigos.

Texto: Dalía Volpato Klóss

Utilização e Contaminação da Bacia Taquari-Antas

Hoje fizemos a entrevista com Julio Cesar de Borba, 31 anos, empresário do ramo de aventura que utiliza o Rio das Antas para o Rafting e outros esportes de aventura. Depois da construçao da usina hidrelétrica Castro Alves, Julio afirma que ficou difícil a utilização do rio para o esporte de aventura devido à diminuição do nível de água.

Outro fato que preocupa o empresário é o esgoto não tratado cair diretamente no Rio das Antas. Algumas cidades utilizam usinas de tratamento que desaguam nos arroios,como é o caso do Rio Tega, de Caxias do Sul. "Porém, o lixo visual não é tratado, esses quem deveria receber um verdadeiro tratamento são as pessoas que jogam esses materiais e outros diretamente no rio. Infelizmente vai demorar muito para que todos tenhamos consciência ecológica" relata Julio.

Texto: Germano Terribile e Júlia Forlin
Foto: Arquivo Pessoal/Julio César de Borba

Memórias do Rio das Antas

O Rio das Antas, no passado, foi o lugar onde os imigrantes europeus encontraram o necessário para sua subsistência (caça e pesca).

João Justino Anghinoni, 58, acredita que as mudanças foram drásticas. Nascido em Nova Roma do Sul, onde reside até hoje, João lamenta as mudanças no ambiente. "Hoje, nosso rio serve para gerar energia elétrica e a prática de esportes radicais. A pesca se restringe as poucas espécies e já não existe fartura de peixes. As águas antes limpas agora estão poluídas. O leito de nosso rio esta pela metade do volume da água", reclama João.

Local de muitas pescarias, acampamentos, onde João tocava viola e violão e cantava até de madrugada,  hoje, pelo menos uma vez por ano, sua turma faz acampamento.

Rio das Antas, em Nova Roma do Sul

Texto: Ketlin Roberta e Leidiane
Foto: Divulgação

Lembranças do Rio da Prata

Rio da Prata - Nova Roma do Sul
Antônio Comin, 81 anos, nasceu no dia 17 de setembro de 1930, em Nova Roma do Sul.  Comin sempre foi agricultor e contou suas lembranças sobre o Rio da Prata, que é fluente do Rio das Antas.

Segundo o agricultor, o nome Rio da Prata foi dado pelos primeiros imigrantes italianos que chegaram em Nova Roma em 1888, mas não soube dizer a origem deste nome.

Ele também conta que os primeiros imigrantes da Itália se instalaram nas margens desse rio, pois precisavam da água que era muito limpa, para lavar suas roupas, tomar banho, cozinhar, beber e irrigar as plantações de milho, feijão e banana. 

Além disso, no Rio da Prata, existiam barcos com a finalidade de puxar animais e atravessar o rio até Veranópolis. Existia também a Maria Fumaça, que transportava carga até Porto Alegre. Hoje, o transporte continua passando nas proximidades deste rio, porém modernizado, vai a óleo diesel. 

Comin nasceu nas margens do rio e, mesmo depois de se mudar para centro da cidade, ele e sua família continuaram a trabalhar no Rio da Prata. Segundo ele, o rio  continua limpo,  o único porém é a falta de água quando as turbinas da barragem são fechadas.

Texto: Larissa Comin e Lucas Ariel Rossi
Foto: Divulgação

Uma viagem muito louca

Tudo começou quando recebemos a notícia de que iríamos ir para a Universidade de Caxias do Sul (UCS), fazer um projeto sobre o Rio Taquari Antas.

A saída do ônibus foi marcada para as 12h30min, logo após ao almoço, no centro da cidade.

Todos chegamos cedo, muito animados para fazer nossa viagem em grupo. Mas quando nos deparamos com o ônibus que iria nos levar todos desanimaram. O ônibus era velho e caindo aos pedaços. Mas prosseguimos.

No começo o ônibus fazia um ronco estranho, e todos riam. Logo depois atravessamos o rio através da Balsa União II no Rio Taquari Antas, onde todos riam, pois muitos tinham medo que a balsa caísse com todos em cima dela. Mas passamos desse ponto e chegamos às terras de Nova Pádua.

Como a estrada é apenas subidas, o ônibus acabou quebrando e ficamos parados por um longo tempo no meio dos vales e árvores. Muitos estudantes começaram a pedir carona; outros sentaram na sobra das árvores; e um grupo seguiu o trajeto a pé, enfrentando os morros para conseguir ajuda.

Nossa vice-diretora Maristela e nosso motorista ligaram para Nova Pádua e conseguiram a ajuda necessária.

O grupo que seguiu a pé caminhou um longo percurso quase chegando em Nova Pádua. Foi só aí que o ônibus substituto os alcançou. Todos entraram no ônibus cansados e foram até onde os outros estudantes estavam. Agora estava tudo bem: todos cansados mas ao mesmo tempo ansiosos para ver o ''alho'' de Nova pádua e chegar em Caxias do Sul.

A viagem continuou tranquila sem preocupações e tenho certeza que todos gostaram muito dessa nova experiência. Aprendemos muito sobre o rio e suas riquezas, para no futuro desenvolver um projeto que auxilie mais a população de Nova Roma. Sem danos ambientais.

Assim pode-se continuar a repassar as histórias do nosso rio e nossa cidade para as futuras gerações, não deixando morrer a história, e as transformações que o nosso rio teve para chegar onde ele está hoje.


Texto: Larissa Serafin
Foto: Roberto Comin

Meu rio, Meu lago

O Rio das Antas sempre esteve presente na vida de Nova Roma do Sul. Foi nas suas margens que iniciou a colonização desta terra. Por muitos anos serviu de caminho, de despensa e saciou a sede de homens e animais. Dificilmente encontraremos pessoas que não tenham em sua memória algum fato relacionado com ele. Nascemos e crescemos nas suas margens, cruzamos seu leito de barco, de balsa ou ponte. Ele sempre foi nosso limite. Agora, 27 quilômetros dele já não são rio, são lago. Nada mais justo que prestarmos uma homenagem  ao nosso Rio das Antas.

O texto abaixo foi escrito por Vilsom Zanotto.

MEU RIO... MEU LAGO








Meu rio emprenhou. Já não se parece com a donzela faceira ziguezagueando por entre pedras e cachoeiras. Aquele rio feito mulher insinuante já não existe. Rio de rompantes ora calmo e silencioso e de repente copiosa torrente a correr desenfreada por entre vales e montanhas. O vale silencioso  era  capaz, em pouco tempo, tornar-se assustadoramente ruidoso, levando de roldão tudo pela frente. Mas agora meu rio emprenhou. Seu ventre cresceu, suas formas arredondaram, seus ímpetos arrefeceram, menos caudaloso e mais cuidadoso. Meu rio virou lago.

Seu leito cresceu e tomou conta da mata  ribeirinha. Até aquela velha figueira que por muitos anos desafiou seus momentos de fúria aceitou sua derrota submissa e submersa. Estava preparada para lutar contra a força da correnteza. Lançara raízes profundas para  essa luta, que já não servem para nada contra esta invasão mansa.

Até o velho tatu que por gerações criara sua ninhada na caseira ao pé do angico arrumou sua trouxa e foi buscar outra moradia. O galho seco de sarandi pouco acima da lâmina d’água foi por anos o ponto de espreita do Martin Pescador. Pousado nele por horas a fio estudava, sem pressa, o movimento de seus almoços. Era seu aeroporto. De lá em vôos rasantes  buscava seu café da manhã, seu almoço e seu jantar. Agora a velha rama seca de sarandi está submersa e o Martin Pescador terá que buscar outro lugar.

Quando olho meu rio de cima do monte já não tenho as velhas referências. Já não se vê a pedra do praial que nos anunciava antecipadamente se a balsa dava ou não passo.  Não era necessário chegar perto, já de longe os costumeiros pescadores sabiam todos seus segredos, agora guardados no fundo do lago. Enorme planície com certeza também cheia de segredos que só o tempo nos ensinará. Devagar as memórias do nosso rio se encobrem de densa névoa  e vão ficando cada vez mais distantes e em breve já não seremos capazes de lembrar com clareza como era o leito de nosso rio. Então a beleza e a brandura do lago, tomará sorrateiramente o lugar de nossas lembranças.

Ainda não sei se gosto mais do meu rio donzela requebrando por entre pedras e redemoinhos ou do meu rio de ventre grande, calmo e silencioso, meu rio lago. Levará algum tempo para acostumar. Por ora só sei que toda a vez que chego perto minha memória luta  ingloriamente tentando lembrar como era o meu rio. Lembrar das corredeiras dos pontos de pescaria, das pedras, das curvas, das sevas dos lambaris...

Toda a força contida na correnteza do rio, principalmente em dias de chuva, está guardada no grande  ventre  do meu rio.O que parecia indomável agora é sereno  e sua energia está guardada na sua imensidão, depositária de espantosa energia. Quando o ventre grande do meu rio desaguar, esta energia moverá maquinas, iluminará cidades, praças e ruas.  E o rio serelepe, que apenas corria por entre as pedras, agora lago, será luz, será calor, será trabalho para muitos. 


Hoje estamos em Caxias do Sul. Consequentemente atravesamos o Rio das Antas. Quando estávamos sob a Balsa União 2 vimos uma bela demonstração da natureza: um casal de patos que também atravessavam o Rio. Observamos também a nossa barragem, e o rio que está desaparecendo, virando pedras devido à falta de chuvas.

Texto: Bárbara Girelli, Tainá Carossi, Igor Zuraski
Foto: Roberto Comin

Nosso Projeto Taquari-Antas

Esse projeto tem como finalidade de conscientizar os alunos de Nova Roma do Sul sobre a importância histórica de nossos rios, que desde a antiguidade vem movimentando a cidade  pelo sua grandeza. Nós alunos, estamos nos empenhando para conhecer mais sobre os rios, visitando novos lugares e compartilhando  nossas experiências.

Com a ajuda dos estudantes de jornalismo da UCS estamos fazendo uma parceria  para desenvolver um trabalho interessante sobre o assunto. Os antigos agricultores procuravam cultivar suas plantações mais próximas do rio, para ter uma boa colheita, aproveitando a abundância da água para melhor irrigação.

Professores, alunos e seus familiares estão se empenhando no projeto para que outras cidades possam vir a conhecer e valorizar mais o percurso do Rio das Antas.

Texto: Sharliton Gamba, Gilmar Rancan
Fotos: Arquivo

Rios Taquari e Antas

Bom, o motivo pelo qual estamos na Universidade de Caxias do Sul hoje é para adquirir e divulgar conhecimentos gerais, depoimentos e histórias sobre nossos rios Taquari e Antas. O rio das Antas passa por Nova Roma do Sul e possui uma barragem ao longo do seu leito. Ocorreram diversas transformações ao longo do tempo a favor da preservação do rio.

Atualmente a travessia do rio é feita por meio de uma balsa, porém, houveram tentativas de construir uma ponte para substituir a mesma. Nosso rio também é um marco territorial entre as cidades que fazem divisa com nosso município: Nova Pádua e Farroupilha.

O rio também possui uma grande importância e significado não só sentimental para os moradores locais, que presenciaram varias histórias e momentos importantes em seus passados. Esses moradores se esforçam ao máximo para a preservação do rio e da natureza que o cerca.

Hoje viemos a Universidade de Caxias do Sul para obter mais conhecimentos sobre a área da comunicação, e foi muito interessante, pois ampliamos nossos conhecimentos em geral, foi um passei muito interessante pois fizemos com todos nossos colegas e professores.

Texto: Kaider Maciel, Lucas Moresco, Giovanna Mussoi

Taquari-Antas

Os primeiros estudos na Bacia Hidrográfica Taquari-Antas foram realizados na década de 30, quando a extinta Empresa Elétrica Brasileira S.A. propôs a construção de três usinas hidrelétricas na bacia. Na década de 90, a CEEE-Companhia Estadual de Energia Elétrica, RS, realizou estudos do potencial hidráulico, identificando com potência variando de 1 a 130 MW. Entre os aproveitamentos selecionados no Rio das Antas, destacam-se os de Castro Alves, Monte Claro e 14 de julho.


USOS DA ÁGUA
Em relação aos usos de água, destacam-se o abastecimento público, o abastecimento industrial, a irrigação, a navegação comercial, a recreação, a pesca comercial e a geração de energia elétrica. Os principais usos construtivos são os seguintes:irrigação, abastecimento público doméstico a partir de águas superficiais e subterrâneas e dessendentação de animais.


HISTÓRIA
Cercado pelos os das Antas e da Prata, com vales profundos, as terras de Nova Roma, passaram a ser colonizadas a partir de 1880 por imigrantes poloneses, suecos e russos. Em 1888 iniciou a vinda de italianos que em alguns anos passaram a formar a maioria da população. 

Texto: Fabíola Comin e Maridiane Diotti
Fotos: Divulgação